Deputado federal eleito com 1,5 milhão de votos em Minas Gerais, o vereador do PL Nikolas Ferreira disse, após a eleição, que não acredita no sistema de votação brasileiro.
Em sua conta no Twitter, ele foi questionado por uma seguidora se, depois do resultado que o sagrou como o deputado mais votado do país, passou a acreditar nas urnas eletrônicas.
Na resposta, o futuro deputado federal disse que acha que teve mais votos do que o registrado nos resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Você confirma que a urna eletrônica é confiável?”, perguntou a jornalista Ana Carolina Silva, já que o deputado escreveu, em um tuíte, que foi o “deputado mais votado do Brasil”.
“Não, acho que eu tive mais. Vai chorar?”, publicou. O vereador adicionou uma imagem de um bebê chorando na publicação, em tom de deboche.
O Brasil de Fato procurou o gabinete do vereador belorizontino e pediu um posicionamento sobre a publicação. Até o momento, não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.
Leia a troca de mensagens:
Deputado foi cassado por fake news sobre urnas
Em outubro de 2021, o plenário do TSE cassou o mandato e tornou inelegível o deputado estadual eleito pelo Paraná, em 2018, Fernando Destito Francischini, por divulgar notícias falsas contra o sistema eletrônico de votação.
Em junho deste ano, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que os candidatos que propagarem atacarem a confiabilidade das urnas terão o registro cassado, não importa a qual cargo estiverem concorrendo.
“A posição do TSE é muito clara, já foi dada em dois casos importantes, e será aplicada nestas eleições. Quem se utilizar de fake news, quem falar de fraude nas urnas terá seu registro cassado, independentemente de candidato a qual cargo for”, disse Moraes.