No ano em que radares foram desligados, número de mortes cresce nas rodovias federais

Atualizado em 30 de janeiro de 2020 às 17:35
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Publicado originalmente pela Rede Brasil Atual:

No ano passado, 5.332 pessoas morreram em acidentes nas estradas, crescimento de 1,2% em relação a 2018. Foi o primeiro aumento de ocorrências de mortes nas rodovias federais em sete anos. De 2012 a 2018, o número de mortes acumulou queda de 39,2%.

Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a partir de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve 67.427 acidentes em 2019, queda de 2,6% na comparação com o ano anterior. Mas os acidentes com vítimas – mortos e feridos – cresceram 3,3%, para 55.756. Foram 63 mortos e 2.526 feridos a mais.

No ano passado, por decisão do governo Bolsonaro, a fiscalização de velocidade diminuiu nas rodovias federais. A maioria dos radares fixos foi desligada. Nos últimos meses de 2019, também não foram usados radares móveis e portáteis. Nos dois casos, houve decisões judiciais para que os equipamentos voltassem a ser utilizados.

De acordo com as informações da Polícia Rodoviária, a falta de atenção foi a principal causa de acidentes n as estradas: 37,1%. Depois vêm desobediência às normas de trânsito (12%), velocidade acima da permitida (8,9%) e consumo de álcool (8%).

“O país precisa encarar a segurança no trânsito como uma pauta constante e prioritária. Esse tema é de extrema relevância para o setor de transporte, uma vez que nossos transportadores estão diariamente expostos aos riscos”, comentou o presidente da CNT, Vander Costa.