No Pará, Michelle chora pelo “galego em casa” e transforma tornozeleira em prova de amor patriótico

Atualizado em 2 de agosto de 2025 às 15:21
Michelle Bolsonaro em evento no Pará. Foto: UOL

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou neste sábado (2) da abertura do evento do PL Mulheres em Marabá, no Pará, onde discursou com voz embargada ao falar sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. “O galego está em casa”, afirmou a uma apoiadora, em referência ao marido, que cumpre medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.

Ovacionada por apoiadores aos gritos de “Michelle, Michelle”, a ex-primeira-dama subiu ao palco emocionada, sendo amparada por uma integrante do partido que lhe entregou lenços de papel. “Com certeza meu galego está assistindo”, disse, fungando. Jair Bolsonaro, por determinação judicial, está impedido de sair de casa nos fins de semana e permanece em Brasília.

Durante seu discurso, Michelle exaltou a figura do marido, chamando-o de “cabra macho que ama sua nação” e declarou que a família poderia estar nos Estados Unidos, mas escolheu “não abandonar o povo”. A fala ocorreu diante de um telão que exibia imagens dela abraçando crianças e discursando em eventos anteriores.

A ex-primeira-dama também afirmou que o carinho recebido pelos apoiadores tem sido essencial para manter a família firme. “Este carinho é o que tem nos ajudado a conseguir estar de pé. Não é fácil enfrentar o sistema”, declarou. A frase foi interpretada como uma crítica ao STF e ao processo judicial envolvendo o ex-presidente.

Michelle permanecerá no Pará durante o fim de semana e não comparecerá ao ato bolsonarista previsto para este domingo (3) na Avenida Paulista, em São Paulo. A ausência já havia causado desconforto entre aliados, que esperavam sua presença como principal liderança da família no evento nacional.

A expectativa é de que Michelle participe de uma manifestação de apoio a Jair Bolsonaro em Belém, capital do estado. O PL pretende organizar atos em diversas cidades, mesmo com a ausência das principais lideranças bolsonaristas, incluindo o ex-presidente e o governador Tarcísio de Freitas, que também não irá à Paulista.