No Peru, protestos por eleições antecipadas deixam 18 mortos em uma semana

Atualizado em 16 de dezembro de 2022 às 15:42
Pessoas em protesto no Peru após prisão de Pedro Castillo
Foto: Lucas Aguayo Araos/Getty Images

Confrontos entre manifestantes e militares têm acontecido no Peru após o governo declarar estado de emergência e colocar as Forças Armadas nas ruas. Nesta semana, já foram registradas 18 mortes nos protestos que ocorrem em várias regiões do país.

Os manifestantes, em sua maioria apoiadores do ex-presidente Pedro Castillo, pedem a sua libertação, a renúncia de sua sucessora, a ex-vice-presidente Dina Boluarte, o fechamento do Congresso e a realização de eleições gerais antecipadas.

Em Ayacucho, nas proximidades do aeroporto Alfredo Mendívil Duarte, que está bloqueado, foram registradas na quinta-feira (15) oito mortes e 52 feridos.

Na noite de ontem, a Justiça peruana decretou 18 meses de prisão preventiva para o ex-presidente, acusado ​​de rebelião e outros delitos pela tentativa de golpe de Estado. No último dia 7, o então mandatário tentou dissolver o Congresso, mas foi destituído e preso logo em seguida.

A ação desencadeou mais uma crise política no país, que teve seis presidentes nos últimos cinco anos. Boluarte declarou estado de emergência há dois dias, suspendendo direitos de reunião e manifestação.

Do total de vítimas fatais desde o dia 7, 12 morreram em confrontos com as Forças Armadas, e seis por causa do bloqueio de estradas. Pelo menos seis não tinham mais de 19 anos.

Após nove mortes, o governo de Boluarte impôs toque de recolher por cinco dias em 15 províncias nas regiões de Arequipa, Apurímac, Huancavelica, La Libertad, Cusco, Ayacucho, Ica e Puno.

Segundo o novo decreto, as pessoas “só podem circular nas vias de uso público para aquisição, produção e abastecimento de alimento”. Também será permitido o “deslocamento em veículo particular ou pedestre das pessoas que requeiram atendimento médico de urgência por risco grave de vida ou saúde, bem como para aquisição de medicamentos”.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link