O linguista americano Noam Chomsky, um dos mais respeitados intelectuais públicos atualmente, está no Brasil. Desta vez, ele veio para cuidar de sua saúde, conforme relatou Mario Sergio Conti na Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (10).
Em julho passado, Chomsky, de 95 anos, sofreu um grave acidente vascular cerebral (AVC) e enfrenta dificuldades na fala e tem o lado direito do corpo paralisado. O linguista, que se mantinha ativo antes do incidente (ministrando aulas, dirigindo, etc.), já recuperou a consciência e consegue se comunicar com menos dificuldade.
Com o apoio de médicos, sua esposa, a brasileira Valeria Wasserman, decidiu trazê-lo ao Brasil para continuar o tratamento. O casal possui uma residência em São Paulo desde 2015.
Chomsky, que é professor emérito do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade do Arizona, está internado em uma unidade de terapia intensiva e, segundo a Folha, é visitado diariamente por um neurologista, um fonoaudiólogo e um pneumologista.
Ele acompanha publicações científicas e o noticiário — está indignado com a guerra em Gaza. Intelectual judeu e de esquerda, Chomsky sempre criticou fortemente a política israelense e apoiou a causa palestina. No hospital, ele recebeu a visita do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
A ligação de Chomsky com o Brasil, país de sua esposa (com quem se casou em 2014), é antiga. Seus livros são facilmente encontrados aqui, e a Planeta acaba de lançar mais um: “O essencial Chomsky”, uma coletânea de textos do autor sobre linguística, política americana, a questão palestina e outros temas.
Em 2018, Chomsky e Valeria visitaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão em Curitiba. Na época, o casal foi recebido por Haddad, então candidato à presidência, e sua esposa, Estela, para um café da manhã.
Chomsky também se interessa por questões políticas locais. No ano passado, o blog do jornalista Luis Nassif informou que o americano se opôs à decisão da Prefeitura de Poços de Caldas, cidade natal de sua esposa, no Sul de Minas, de proibir carrinhos de comida em uma praça central.
“Noam considerou os carrinhos de lanche como um maravilhoso patrimônio de Poços. Uma cidade com vendedor de pipocas, algodão doce, balões e lanches nas praças, atendendo aos turistas e à população da cidade, trabalhadores, estudantes, que podem parar em seus caminhos para um saboroso lanche. Diz ele que é o maior absurdo acabar com essa tradição e tirar o sustento de várias famílias”, disse ela em uma mensagem enviada ao blog.
À Folha, Valeria disse que viver em uma cidade ensolarada e plana pode ajudar na recuperação de vítimas de AVC. Portanto, ela não descarta se mudar com Chomsky para o Rio.
Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link