O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou a assessores que aceitou a indicação do deputado bolsonarista Celso Sabino (União Brasil-PA) para o comando do Ministério do Turismo. No entanto, é pouco provável que o nome do parlamentar seja oficializado na semana que vem.
Isso porque o presidente petista estará no Brasil apenas na segunda-feira. No resto da semana, o chefe do Executivo tem agendas em Roma e Paris. Ele estará com o Papa Francisco e com Emannuel Macron. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, um dos ministro de Lula disse que a oficialização “ficou para a outra semana”.
Vale destacar que Celso Sabino tem em seu histórico posicionamentos políticos que o aproximaram do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o distanciam do grupo político que passará a integrar.
O simpatizante do ex-mandatário entrará no lugar de Daniela Carneiro (União-RJ), conhecida como Daniela do Waguinho, nome do marido e prefeito de Belford Roxo, que deixou o União e se filiou ao Republicanos. Waguinho, inclusive, tem chamado o parlamentar de bolsonarista.
“Seria um erro muito grande tirar a mulher mais votada do Rio, evangélica, para botar um deputado bolsonarista, o Celso Sabino, que foi contra o Lula”, afirmou o político.
Recentemente, Sabino apagou uma publicação em que condenava a indicação de Lula para o Ministério da Casa Civil pela então presidente Dilma Rousseff, em 2016. Na publicação, ele se referiu ao petista como “homem que poderia ser preso por crimes como lavagem de dinheiro”.
Tanto o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), quanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), têm manifestado apoio a Sabino. Agora, a expectativa do Planalto é que, com a posse do deputado, o partido passe a votar em sua maioria com o governo.