Noruega, Irlanda e Espanha reconhecem Estado da Palestina e Israel ordena saída de embaixadores

Atualizado em 22 de maio de 2024 às 8:19
Primeiro-ministro da Irlanda, Simon Harris, ao lado do ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Michel Martin, e do ministro dos Transportes irlandês, Eamon Ryan. Foto: Paul Faith/AFP

A Noruega, Irlanda e Espanha anunciaram na manhã desta quarta-feira (22) o reconhecimento da independência e soberania do Estado da Palestina. O gesto deve ser seguido por outros países europeus, como Eslovênia e Malta.

O objetivo do anúncio é reforçar a ideia de que a paz no Oriente Médio só pode ser alcançada com o estabelecimento de uma solução de dois estados.

Jonas Gahr Store, primeiro-ministro da Noruega, foi o primeiro a fazer o anúncio, destacando que o reconhecimento visa promover a paz na região. O reconhecimento norueguês começa a valer a partir de 28 de maio.

Primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Store, ao lado do ministro das Relações Exteriores da Noruega, Espen Barth Eide. Foto: Erik Flaaris Johansen/NTB/AFP

Pouco depois, Pedro Sanchez, presidente do governo espanhol, também anunciou o reconhecimento palestino. “Pedimos um cessar-fogo. Mas não é suficiente. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se faz de surdo e continua castigando a população palestina”, disse o político diante do Parlamento espanhol.

“O que está claro é que Netanyahu não tem um projeto de paz. Lutar contra o Hamas é legítimo. Mas sua operação coloca a solução de dois estados em sério perigo. O que faz apenas amplia o ódio”.

Sanchez também anunciou que irá aprovar o reconhecimento da Palestina no dia 28 de maio: “Tomamos essa decisão por paz, por justiça e por coerência”.

A iniciativa europeia foi fortemente criticada por Israel, que alega que os governos estão fortalecendo o Hamas. Após o anúncio, o governo de Benjamin Netanyahu convocou seus embaixadores nos três países em reprimenda.

“Estou enviando uma mensagem clara à Irlanda e à Noruega: Israel não recuará contra aqueles que minam sua soberania e colocam em risco sua segurança”, disse o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz.

“Israel não vai aceitar isso em silêncio – haverá outras consequências graves. Se a Espanha concretizar sua intenção de reconhecer um Estado palestino, uma medida semelhante será tomada contra ela”.

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