
A Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 430 mil em dinheiro vivo durante uma operação realizada nesta sexta-feira (19) contra parlamentares do PL. O montante foi encontrado na residência do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da legenda na Câmara dos Deputados, que é um dos principais alvos da ação.
A ofensiva integra a Operação Galho Fraco, deflagrada pela Polícia Federal para aprofundar investigações sobre possíveis desvios de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares. Ao todo, são cumpridos sete mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Sóstenes Cavalcante, também é alvo da operação o deputado bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ). A nova fase da investigação tem como ponto de partida a operação Rent a Car, realizada exatamente há um ano.
🚨 URGENTE: A Polícia Federal (PF) apreendeu, nesta sexta-feira (19/12), cerca de R$ 430 mil em endereço ligado ao deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), alvo de operação que tem como objetivo aprofundar as investigações sobre o desvio de recursos públicos oriundos de… pic.twitter.com/C0giVTfhmV
— Pesquisas Eleições (@EleicaoBr2026) December 19, 2025
Em 19 de dezembro do ano passado, a Polícia Federal mirou assessores ligados aos dois parlamentares. Agora, com o avanço das apurações, as buscas chegaram diretamente aos deputados.
Segundo a Polícia Federal, os indícios contra os parlamentares surgiram a partir do material apreendido na fase anterior da investigação. Mensagens de celular, depoimentos e quebras de sigilo permitiram à PF identificar elementos que apontariam para a participação dos chefes de gabinete e, posteriormente, dos próprios deputados no esquema investigado.
O esquema revelado à época envolvia agentes públicos e empresários que teriam estabelecido um “acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares”. Para isso, segundo a apuração, teriam sido utilizados contratos falsos firmados com empresas de locação de veículos, que simulavam a prestação de serviços para justificar pagamentos feitos com dinheiro público.

No ano passado, o ministro Flávio Dino havia negado pedidos de busca e apreensão contra os parlamentares, posição que foi acompanhada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com a coleta de novas provas junto aos assessores, o cenário mudou, e o magistrado autorizou a deflagração da operação contra os deputados nesta sexta-feira.
Em nota oficial, a Polícia Federal afirmou que a investigação apura um suposto esquema estruturado para o desvio e a ocultação de verbas públicas. “De acordo com as investigações, agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para o desvio e posterior ocultação de verba pública”, informou a PF.
A PF apreendeu aproximadamente R$ 400 mil em dinheiro vivo durante a operação desta sexta que mirou Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy. Dinheiro estava na residência do líder do PL pic.twitter.com/mLOip9Sdsl
— Wilson Lima (@wilsonlimaslz) December 19, 2025