A nova pesquisa Genial/Quaest de avaliação do governo Lula será divulgada nesta quarta (8). O levantamento ouviu presencialmente 2 mil eleitores de 16 anos ou mais em todas as regiões do país entre quinta e domingo. O foco é medir o nível de aprovação da gestão petista e a percepção dos brasileiros sobre a economia.
Segundo a coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo, a sondagem não incluirá o impacto da recente reunião entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ocorreu por videoconferência nesta segunda (6).
Mesmo assim, o resultado será um termômetro importante para verificar se o presidente mantém a tendência de alta observada nas pesquisas de julho, agosto e setembro.
Entre os fatores que podem influenciar o desempenho do governo está a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, considerada uma das principais vitórias políticas e econômicas recentes do Planalto. O tema foi amplamente explorado pelo governo como sinal de compromisso com o poder de compra da classe média.
Na última pesquisa, divulgada em setembro, o cenário se manteve estável: 51% dos entrevistados desaprovavam o governo, enquanto 46% aprovavam. Ainda que a diferença entre os dois índices não tenha diminuído, outros indicadores mostraram melhora na percepção geral da gestão.
No Palácio do Planalto, a expectativa é de que o levantamento desta semana mostre uma ligeira melhora nos números. Assessores próximos a Lula avaliam que, mesmo sem grandes saltos na popularidade, uma recuperação gradual ajudará a consolidar o discurso de estabilidade e retomada econômica.
Uma possível melhora na imagem do governo também tende a acirrar a disputa política. No entorno de Lula, acredita-se que uma nova alta na aprovação provocaria maior “nervosismo na direita”, que ainda busca reorganizar seu discurso e seus líderes para 2026.
A Quaest divulgará os resultados em duas etapas: nesta quarta, será apresentada a avaliação do governo e da economia; e na quinta (9), serão publicados os cenários eleitorais para 2026. O instituto antecipou a coleta de dados desta vez (três semanas após o último levantamento) para evitar o feriado de 12 de outubro, que neste ano cairá em um domingo.