Jair Bolsonaro quer nomear o filho Eduardo embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
A piada é essa.
Eis a meritocracia bolsonarista, baseada nos gases de Olavo de Carvalho.
Noves fora tudo — e o nepotismo é apenas um dos problemas –, as credenciais de Eduardo, de acordo com o papi, são que o sujeito fala inglês “com fluência” e tem uma relação boa com a família de Donald Trump.
“A missão que o presidente Bolsonaro der para mim certamente vou desempenhar da melhor maneira. Não tem nada formal, nada oficial. O presidente falou, está falado, mas não chegou nada oficial”, disse o chanceler virtual.
Eduardo fez 35 anos nesta quarta, dia 10, idade mínima para assumir o cargo. Ganhou uma festa temática com minions, adequada a seu preparo intelectual.
A embaixada está vaga desde abril, quando Sérgio Amaral foi removido do posto.
Depois da indicação do presidente, o Senado ainda precisa confirmar o nome. O vexame seria bonito de ver.
Trump finge que sabe quem é Eduardo por uma questão de protocolo. No íntimo, é mais um chicano.
Já a proficiência de Eduardo com o idioma britânico foi dissecada no canal Tim Explica, de um novaiorquines que gosta das coisas do Brasil.
Ele analisou uma entrevista do Zero 2 à Fox do final de 2018, em que ele prometeu ao apresentador Lou Dobbs que sua turma livraria o país do “socialismo”.
Eduardo não chega a mandar um “massaxúts”, como Sergio Moro, mas o resultado é igualmente constrangedor.
Ou seja, tem tudo para emplacar.
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