Novo depoimento de Mauro Cid à PF deixa Bolsonaro mais perto da prisão

Atualizado em 18 de junho de 2024 às 7:21
O tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, serão ouvidos novamente pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (17). As oitivas fazem parte do inquérito que investiga o caso das joias sauditas recebidas pelo governo Bolsonaro e vendidas ilegalmente nos Estados Unidos.

As audiências estão marcadas para as 15h, ocorrendo na sede da PF em Brasília e na Superintendência no Rio de Janeiro, respectivamente. O foco será a negociação de uma nova joia identificada em lojas nos EUA.

Os depoimentos marcam a etapa final da investigação, que deve ser concluída ainda em junho. A PF deve indiciar Bolsonaro, e o Ministério Público Federal (MPF) avaliará o indiciamento para decidir se oferece denúncia à Justiça. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro se tornará réu e ficará mais próximo da prisão.

A nova joia

A descoberta da nova joia ocorreu durante diligências da PF nos EUA, onde representantes do ex-presidente teriam vendido e tentado negociar outras joias. Investigadores encontraram um vídeo que mostra a negociação da nova peça, cujo paradeiro atual é desconhecido.

Com o apoio do FBI, as diligências aconteceram em cidades como Miami, Wilson Grove, e Nova York, onde foram coletados depoimentos de comerciantes, documentos e imagens de segurança.

Vale destacar que o último depoimento de Mauro Cid foi em 26 de abril, enquanto a PF, em cooperação com o FBI, investigava o caso nos EUA. Na ocasião, o ex-ajudante de ordens detalhou a negociação das joias em joalherias americanas.

Mauro Cid, como delator em inquéritos que investigam Bolsonaro, deve prestar esclarecimentos sempre que solicitado. Já seu pai é investigado no caso das joias, no qual seria o responsável pelas negociações dos bens em solo estadunidense.

O rosto do general do Exército Mauro Lourena Cid – pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Barbosa Cid – foi identificado pela Polícia Federal no reflexo de uma foto usada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas pelo governo como presente oficial. — Foto: Reprodução
O rosto do general de Lourena Cid foi identificado pela PF no reflexo de uma foto usada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas pelo governo como presente oficial. — Foto: Reprodução

Bolsonaro já sabia

As joias foram levadas por Bolsonaro em seu avião durante sua fuga para os EUA, pouco antes da posse de Lula em dezembro de 2023. O general Mauro Lourena Cid teria iniciado as negociações para vender as joias por valores milionários.

As investigações nos EUA revelaram que Bolsonaro tinha conhecimento da ilegalidade da venda das joias e mesmo assim autorizou as negociações. As operações de recompra, que incluíram o advogado Frederick Wassef, demonstram que os envolvidos estavam cientes da ilegalidade das ações.

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