Novo golpe da maquininha já causou R$ 4,8 bilhões em prejuízo; saiba como evitar

Atualizado em 28 de julho de 2025 às 8:13
Falsos taxistas enganam passageiros com novo golpe da maquininha. Foto: Reprodução

O golpe da maquininha está se espalhando pelo Brasil e já causou um prejuízo estimado de R$ 4,8 bilhões em apenas 12 meses, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A fraude agora ganhou uma nova versão: criminosos se passam por taxistas para enganar passageiros no momento do pagamento da corrida.

As imagens de câmeras de segurança mostram a dinâmica do golpe. O carro para, a vítima entra apressada e, ao fim do trajeto, o falso taxista diz que a maquininha não aceita Pix e pede o cartão físico, sem aproximação. A pessoa digita a senha, acredita ter feito o pagamento corretamente e desce do carro. Só depois percebe que teve a conta esvaziada.

“Ele falou: ‘Eu prefiro que a senhora me pague com o cartão’. Ele me deu a máquina, eu digitei. Aí ele pegou a maquininha, o cartão, e ficou pra lá e pra cá com a maquininha. Ele falou: ‘É, não tem sinal’”, contou a aposentada Nunzia Caruso, vítima em São Paulo, ao Fantástico, da TV Globo.

Em poucos minutos, Nunzia recebeu uma notificação de compra no valor de R$ 4.900 e percebeu que o cartão havia sido trocado. “Ele trocou meu cartão, me deu o de outra pessoa, e ele ficou com o meu”, disse.

Segundo o delegado André Figueiredo, o golpe envolve uma maquininha adulterada com um botão camuflado que permite ao criminoso visualizar a senha digitada. “Ele já tem a sua senha, os dados do banco, tudo, e o cartão trocado. Tá pronto para ele aplicar o golpe.”

O médico Thales Bretas, viúvo do humorista Paulo Gustavo, também foi vítima do novo golpe. Ele e uma amiga entraram em um falso táxi no Rio de Janeiro e acabaram com um prejuízo de R$ 4.215.

O criminoso usou uma maquininha sem visor, com a tela no celular. “Ele ainda falou assim comigo: ‘Não aceita cartão por aproximação, tem que ser o cartão físico'”, relatou. Thales só percebeu o golpe ao receber um SMS com a confirmação da compra, em um valor muito maior do que o da corrida.

O golpe da maquininha acompanha a explosão de crimes de estelionato no país, que cresceram mais de 400% em seis anos. Em 2024, já são mais de dois milhões de casos registrados — uma média de quatro por minuto.

Para se proteger, a recomendação da polícia é usar táxis por aplicativo com pagamento antecipado, embarcar em pontos oficiais e sempre optar por Pix ou cartão por aproximação. “Se o taxista falar que não está conseguindo, ela já fica alerta”, orientou o delegado.

Assista abaixo: