Quase um mês depois de vários pesquisadores da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior) pedirem renúncia coletiva, um novo grupo de pesquisadores da fundação pediu renúncia dos cargos. Dessa vez, são profissionais da área de zootecnia de recursos pesqueiros.
O órgão é vinculado ao Ministério de Educação e é responsável pelos cursos de pós-graduação e avaliação dos programas de mestrado e doutorado do país.
Os 24 pesquisadores que assinaram a carta e disseram existir um clima desfavorável para a construção de uma avaliação de qualidade. Eles citam ainda no documento a declaração da presidente da Capes, Cláudia de Toledo, ao jornal O Globo, de que as renúncias seriam um movimento de insurgência e deserção.
A Capes afirmou em nota, que em nenhum momento abriu mão do diálogo e que atendeu a todas as demandas apresentadas à Presidência da autarquia pelos pesquisadores.
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52 pesquisadores da Capes já haviam pedido renúncia
No dia 29 de novembro, pelo menos 52 pesquisadores assinaram duas cartas e criticaram a falta de apoio aos trabalhos desenvolvidos dentro da instituição. Eles também alegam que a presidência do Capes não defendeu a avaliação quadrienal da pós-graduação, que mede a qualidade de cursos de mestrado e doutorado e serve como base para distribuir bolsas e verbas. A avaliação foi suspensa pela Justiça em setembro, gerando críticas da comunidade científica.
De acordo com a Capes, as áreas cujos pesquisadores renunciaram são as de física e de matemática.