O Nubank demitiu 12 funcionários depois que uma reunião no Zoom sobre o fim do trabalho totalmente remoto virou palco de protestos e mensagens ofensivas. O encontro reuniu mais de 7 mil pessoas e terminou com o banco classificando as conversas no chat como “inaceitáveis”, segundo comunicado interno. Com informações do Valor Econômico.
O diretor de risco, Henrique Fragelli, afirmou em mensagem aos funcionários que o comportamento de alguns empregados violou o código de conduta da empresa.
“Essas ações prejudicam nosso ambiente e afetam todos os funcionários que estão tentando se envolver de forma respeitosa. Após análise cuidadosa, decidimos demitir 12 funcionários por ações graves. Muitos outros receberão advertências por escrito”, escreveu.
Fragelli disse entender o desconforto com a mudança no modelo de trabalho, mas destacou que o Nubank “traça uma linha divisória quando se trata de desrespeito e agressão”. Segundo ele, a maioria dos colaboradores reagiu de forma madura, com “mentalidade de dono”, enquanto uma “minoria barulhenta” tentou tumultuar o debate.
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Fim do home office integral
A fintech, que até agora exigia apenas uma semana presencial por trimestre, vai mudar as regras: a partir de julho de 2026, cerca de 70% dos funcionários deverão ir ao escritório dois dias por semana — número que subirá para três em 2027.
Durante a reunião, o CEO e fundador, David Vélez, anunciou que deixará o Uruguai para se mudar com a família para uma cidade que tenha sede do Nubank. A cofundadora Cristina Junqueira, por sua vez, já se mudou para Miami, onde o banco abrirá um novo escritório.
O Nubank afirmou ainda que “reafirma que trabalha para preservar canais e rituais abertos para o livre debate entre seus funcionários, mas não tolera desrespeito e violações de conduta”. A empresa completou: “O Nubank não comenta casos individuais de desligamento.”