Publicado originalmente por DW
Subiu para 42 o número de mortos na região Sul. Do total, 41 foram no Rio Grande do Sul, estado mais afetado pelas fortes chuvas causadas pela passagem de um ciclone extratropical que avançou por essa parte do Brasil nos últimos dias.
Ainda de acordo com dados oficiais, outras 25 pessoas seguem desaparecidas nas cidades de Muçum, Lajeado e Arroio do Meio. Três mil moradores estão desabrigados e 7.600 desalojados.
O governador do estado gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), disse que essa é a pior tragédia natural a se abater sobre o Rio Grande do Sul. Setenta e nove municípios gaúchos sofreram danos, com fortes ventos e enchentes que levaram ao bloqueio de estradas e isolaram comunidades inteiras.
O político decretou situação de calamidade pública nos municípios que foram afetados pelo temporal e o governo federal deu aval à medida nesta quinta-feira (7). Assim, as cidades terão acesso facilitado a recursos para reagir à catástrofe.
De acordo com a Defesa Civil gaúcha, 15 das 41 mortes no estado ocorreram em Muçum, que teve grande parte alagada e muitos moradores que se viram obrigados a se abrigar nos telhados.
Neste feriado da Independência, os ventos e chuvas que continuam a assolar o Rio Grande do Sul deixaram mais de 100 mil pessoas sem energia. Segundo a concessionária CEEE Grupo Equatorial Energia, o fornecimento foi interrompido na quarta-feira (6) e, hoje, já havia atingido um total de 85 mil consumidores. Já na região atendida pela RGE, outros 19 mil endereços foram afetados.
Para esta quinta-feira (7), a previsão era de mais chuvas na metade sul do estado, com risco de ventania e queda de granizo. Em outras áreas gaúchas, como os Vales do Caí e do Taquari, a Serra e o Planalto, pode haver pancadas de chuva com raios.