Como foi o abraçaço em Salvador. Por Nathali Macedo

Atualizado em 26 de abril de 2016 às 21:46

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Inspiradas pelo abraçaço em Brasília, as mulheres baianas e soteropolitanas foram hoje ao cerimonial de entrega de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida prestar solidariedade à presidenta.

Cinco ônibus lotados de mulheres com cartazes, rosas e balões em formato de coração aguardavam Dilma.

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Ela chegou sorridente e fez questão de receber cada flor e cada abraço. Não havia em sua expressão nenhum traço de necessidade ou obrigação, nenhum daqueles sorrisos amarelos que políticos populistas dirigem aos seus eleitores. Tudo o que havia era um semblante de tranquilidade e carinho pelas suas semelhantes.

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Em seu pronunciamento, Dilma agradeceu o carinho das mulheres soteropolitanas e trocou em miúdos o golpe em curso no Brasil, sob aplausos e gritos de entusiasmo.

“Eles se incomodam quando falamos em golpe. Mas se não há crime, é golpe sim!”, disse a Presidenta, chamada pelas mulheres do ato de “guerreira do povo brasileiro.”

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“Somos mulheres em conjunto, fazendo política. Esse abraçaço é pra nos fortalecer enquanto mulheres e fortalecer a nossa Presidenta”, disse Samira Soares, uma das organizadoras do ato.

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Eu já sabia que, juntas, seríamos mais fortes. Também sabia que a Presidenta nos receberia de braços abertos, assim como nós a recebemos. O que eu não ousava imaginar era o nível de engajamento e organização das mulheres de Salvador. Nós não estávamos lá apenas para abraçar a presidenta – embora isso nos fosse suficiente: discutimos o aprofundamento da democracia, autonomia feminina e novas formas de abertura da esquerda para a participação política das mulheres.

Fomos embora com nossos corações cheios de esperança. No dia primeiro de maio certamente seremos maiores.