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Por Moisés Mendes
Roberto Dias, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, acusado de envolvimento no rolo da compra das vacinas, começa o depoimento na CPI atirando na direção dos que o acusam.
Dias acusa o deputado Luís Claudio Miranda de ter construído uma denúncia fantasiosa de propina, porque teve interesses contrariados no governo.
O sujeito disse que Miranda foi frustrado em pretensões “políticas, negociais e econômicas”, e que por isso decidiu envolvê-lo nos rolos da vacina.
Luís Ricardo Miranda, irmão do deputado, teria sido rejeitado por Dias ao tentar ocupar cargo no Ministério.
Dias também atacou o acusador Luiz Paulo Dominguetti, pretenso vendedor de vacinas, e definiu Dominguetti e os irmãos Miranda como pessoas desqualificadas.
São fortalecidos, no início do depoimento, os indícios de que havia uma guerra de facções para saber quem poderia vender mais vacinas, com personagens que tinham ou ainda têm relação direta com servidores, o Centrão e os coronéis de Pazuello.
Roberto Dias, bem articulado (que também é ex-militar, sargento da reserva da Aeronáutica) , parece ser o mais preparado para a guerra da CPI de todos os que depuseram até agora.
Aguardemos as reações dos irmãos Miranda e do cabo Dominguetti.