O amor em tempos de ódio: a aula dos estudantes que Bolsonaro jamais entenderá

Atualizado em 31 de maio de 2019 às 14:42
Ana Júlia e Welliton

O protesto dos estudantes foi expressivo e importante em todo o Brasil, mas a manifestação em uma cidade precisa ser destacada pelo simbolismo. Foi em Curitiba, a cidade que não se curvou à “ditadura” da república de Curitiba e seus lavajateiros.

Ontem, os manifestantes deram o troco nos trogloditas de direita que haviam retirado a faixa “Em defesa da educação”. Colocaram uma faixa ainda maior.

Milhares de pessoas estavam lá, entre elas Ana Júlia, brindada com um belo texto Flávia Martinelli:

AMOR EM TEMPOS DE ÓDIO

Em 2016, Ana Júlia foi liderança do movimento secundarista de Curitiba. Ela tinha 16 anos e ficou conhecida quando, no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná, fez um discurso contundente em defesa da Educação.

Na época, mais de 1000 ocupações ocorreram em escolas públicas ameaçadas por outros “contigenciamentos”.

Ana Júlia permanece nas ruas em defesa do ensino público de qualidade. E também defende o amor em tempos de ódio. Com o estudante de direito Welitton Gerolane, seu namorado, mostra que o amor também é educativo!

Também estava lá Edilonson Oliveira, do Diretório Central do Estudantes (DCE) da UFPR.

Ele foi um dos que tiveram a iniciativa de recolocar a faixa “Em defesa da educação”.  Por que ela havia sido retirada? “A gente esperava que fosse unidade, que a defesa da educação fosse feita por todos os lados, por toda população. O que nos pareceu, quando a faixa foi arrancada, é que, liderada pelo presidente, existe uma parcela da população claramente contra a educação”, disse.

Edilonson afirmou também:

“O ato de ontem reafirmou o tamanho da insatisfação da população com as medidas contra a educação de Bolsonaro. Mesmo com muita chuva, milhares de pessoas encherem as ruas de Curitiba para demostrar sua insatisfação. Com a unidade entre estudantes e trabalhadores, conseguimos demostrar como Curitiba segue sendo a capital da resistência.”

O relato é do jornalista Eduardo Matysiak, autor das fotos que compões esta galeria.

A bandeira é nossa, não é exclusiva deles
Na luta
Odilon Oliveira