“O Brasil não pode estar a reboque dos países ricos”, diz Lula sobre IA

Atualizado em 7 de março de 2024 às 22:27
Lula na 1ª Reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia
Lula na 1ª Reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia – Divulgação/G20

Nesta quinta-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conduziu a 1ª Reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNCT), enfocando os avanços e desafios da Inteligência Artificial (IA) no Brasil. O encontro teve como objetivo principal elaborar uma proposta para a participação do Brasil na Conferência das Nações Unidas em setembro, destacando a posição estratégica do país.

Lula defendeu a posição estratégica brasileira, como presidente do G20 e do Brics no ano que vem, e a  importância de pautar nesses fóruns a agenda do Sul Global, com as iniciativas de inovação, para ele “não podemos seguir de reboque nesta área”. Para ele, “muitas vezes a gente deixa de fazer as coisas porque pensamos demais, teorizamos demais. Precisamos pensar e agir. Precisamos de uma política concreta em inteligência artificial”.

Durante a reunião, participaram o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a ministra da Ciência e Tecnologia Luciana Santos (PCdoB), além de ministros, autoridades e especialistas, que debateram os caminhos para impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico.

Os temas discutidos incluíram desafios digitais, aplicações e riscos da IA, bem como seu impacto no mercado de trabalho e na integridade da informação. Destacou-se a necessidade de regulação internacional e a transição para uma economia verde e sustentável.

A ministra Luciana Santos enfatizou a importância de adaptar a indústria nacional ao avanço tecnológico, citando a aplicação bem-sucedida da IA em setores como saúde e educação. Ela ressaltou a necessidade de produção nacional de IA para evitar dependência externa.

Especialistas como Roseli Figaro e Virgilio Augusto Fernandes Almeida expressaram a necessidade urgente de regulamentação da IA e a importância de uma abordagem que combine capacidades humanas com inovação, visando evitar substituições.

Durante a reunião, foram estabelecidas comissões temáticas do CNCT responsáveis pela elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação até 2030, refletindo o compromisso do Brasil em fortalecer sua posição como líder em inovação e desenvolvimento científico.

Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe do nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link