
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a defender o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como alternativa da direita para enfrentar Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2026, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
A mudança de postura ocorre após Tarcísio demonstrar desânimo em disputar o Palácio do Planalto e reforçar que seu foco está na reeleição em São Paulo.
A aliados, Tarcísio descreve Ratinho Júnior como “um nome forte” e destaca que ele tem potencial para unir a direita com apoio de partidos de centro. O governador paulista avalia que o paranaense tem alta taxa de desconhecimento e baixa rejeição, o que o colocaria em posição estratégica para crescer durante a campanha e alcançar o segundo turno contra Lula.
Segundo o cálculo de Tarcísio, mesmo que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) entre na disputa, Ratinho não seria eliminado da corrida presidencial. Ele acredita que o deputado teria cerca de 15% do eleitorado, mas que o governador do Paraná avançaria com mais votos, representando uma direita mais moderada e com melhor trânsito político.

Rivalidade controlada com o bolsonarismo
Nos bastidores, Tarcísio avalia que Eduardo pode atrapalhar Ratinho Júnior no início da campanha, mas não a ponto de inviabilizar sua candidatura. O governador de São Paulo também afirmou a interlocutores que Flávio Bolsonaro não demonstra interesse em concorrer à Presidência e que Michelle Bolsonaro não teria força política suficiente para viabilizar uma candidatura nacional.
Para ele, Michelle enfrentaria as mesmas dificuldades de rejeição que atingem os demais integrantes da família Bolsonaro, além de ter pouca sustentação entre líderes partidários.
Mesmo defendendo Ratinho Júnior como o nome mais viável, Tarcísio acredita que a eleição de 2026 será acirrada entre direita e esquerda, semelhante à disputa de 2022 entre Lula e Bolsonaro. Segundo ele, o país segue politicamente dividido e “não há candidato que seja unanimidade” no campo conservador.
As recentes divisões da direita — com protestos contra a PEC da Blindagem, discussões sobre anistia e o gesto de aproximação entre Donald Trump e Lula — reforçaram a decisão de Tarcísio de se manter fora da corrida presidencial. O governador tem repetido que seu foco é concluir as entregas em São Paulo e buscar a reeleição.