O cansaço com as besteiras. Por Moisés Mendes

Atualizado em 6 de março de 2020 às 6:36
Paulo Guedes, mas pode chamar de Tchutchuca

Publicado originalmente no blog do autor

Concordo com os que se queixam que está ficando chato ter de comentar e ler comentários sobre o comportamento de Bolsonaro, dos filhos de Bolsonaro, do ex-juiz Sergio Moro, de Paulo Guedes, de Augusto Heleno.

Não há nada que seja produzido por eles (e nem vamos falar de Damares, Araujo e Weintraub), como ação, pensamento, como fala solta, como provocação, que inspire uma reflexão.

Eles não dizem nada com nada. Hoje mesmo Guedes disse na Fiesp que o dólar só irá chegar a R$ 5 se ele “fizer muita besteira”.

E citou outras besteiras possíveis. “Se o presidente pedir para sair, se o presidente do Congresso pedir para sair… se todo mundo pedir para sair”.

Bolsonaro já pediu pra sair? O próprio Guedes pediu? Os jornalistas não perguntaram quais seriam de fato as besteiras. Ninguém cobrou nada.

São frases soltas, não há nenhuma tentativa de contribuir para o entendimento do que está acontecendo. Bolsonaro não sabe nem o que significa PIB.

E os que sabem não oferecem contribuição para a racionalidade, só para a confusão. É assim que o ministro da Fazenda tenta ser engraçadinho num momento de desespero generalizado.

Nunca um ministro da Fazenda disse e fez tanta besteira.