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Enquanto a Polícia Militar da Bahia queimava, a tiros, o arquivo que poderia esclarecer a participação da família Bolsonaro no assassinato se Marielle Franco e Anderson Gomes, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, lamentava, no Twitter, a falta dos programas infantis de outrora.
Enquanto o super fantástico amigo de Flávio Bolsonaro ganhava um passeio eterno no balão mágico da milícia, Moro, que tem toda a pinta de ter sido criado a farinha lactea com banana maçã, lamentava a ausência de angélicas e maras-maravilhas nas manhãs televisivas.
Não se trata só de um anacronismo ridículo, mas, principalmente, de um descolamento patético da realidade, justo quando Moro, como ministro, deveria estar se pronunciando sobre a morte de um bandido que ele, deliberadamente, protegeu, ao não incluí-lo na lista de procurados do Ministério da Justiça.
Raso e delirante, Moro segue como herói do gado e ministro mais popular do governo.
Essa é, enfim, nossa tragédia.