O capitão Adriano e o xou do Moro. Por Leandro Fortes

Atualizado em 10 de fevereiro de 2020 às 14:28

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Sérgio Moro e o miliciano Adriano da Nóbrega. Foto: Wikimedia Commons/Reprodução

Enquanto a Polícia Militar da Bahia queimava, a tiros, o arquivo que poderia esclarecer a participação da família Bolsonaro no assassinato se Marielle Franco e Anderson Gomes, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, lamentava, no Twitter, a falta dos programas infantis de outrora.

Enquanto o super fantástico amigo de Flávio Bolsonaro ganhava um passeio eterno no balão mágico da milícia, Moro, que tem toda a pinta de ter sido criado a farinha lactea com banana maçã, lamentava a ausência de angélicas e maras-maravilhas nas manhãs televisivas.

Não se trata só de um anacronismo ridículo, mas, principalmente, de um descolamento patético da realidade, justo quando Moro, como ministro, deveria estar se pronunciando sobre a morte de um bandido que ele, deliberadamente, protegeu, ao não incluí-lo na lista de procurados do Ministério da Justiça.

Raso e delirante, Moro segue como herói do gado e ministro mais popular do governo.

Essa é, enfim, nossa tragédia.