O Carnaval trouxe o que faltava para o fim de Temer: os protestos nas ruas. Por Paulo Nogueira

Atualizado em 1 de março de 2017 às 10:46
Clamor popular
Clamor popular

Mo. Big mo. Mo de momentum. É uma expressão em inglês — big mo — que significa, numa tradução livre, pegar no breu. (Momentum não é momento: é impulso, estímulo.)

É isso.

O movimento Fora Temer ganhou um extraordinário momentum neste Carnaval. O símbolo máximo disso é que até o Jornal Nacional teve que reconhecer o fenômeno e dedicar 90 segundos ao Fora Temer no último dia do Carnaval.

Quando até o JN se rende às evidências é porque não há mais como negar os fatos, ou escondê-los, ou fingir que não existem.

O Carnaval fez enfim o que faltava para marcar a derrocada de Temer: colocou os protestos nas ruas. Milhares, provavelmente milhões de brasileiros gritaram Fora Temer.

Agora, o pós-Carnaval vai ser decisivo para o futuro político do país.

O momentum não pode passar. A manutenção dele é vital para que um governo corrupto e ilegítimo seja chutado do poder.

O arrefecimento dos protestos traria um risco alto de termos que suportar o status quo até 2018.

É preciso protestar, protestar e ainda protestar. Manter a chama, manter a pressão.

Manter o momentum. O Big Mo.

Assim, e só assim, teremos a única solução para tirar o Brasil do buraco em que a plutocracia gananciosa e míope o meteu: diretas.

Diretas já.