O chefe de quadrilha e o general. Por Moisés Mendes

Atualizado em 20 de maio de 2021 às 13:55
Reprodução

Originalmente publicado em BLOG DO MOISÉS MENDES

Por Moisés Mendes

A presença ostensiva de Flavio Bolsonaro na CPI, como representante da família, é uma espécie de vigilância.

Mais do que protegendo o general, Flavio parece estar patrulhando o depoimento do ex-ministro.

Um general está sob a tutela de um sujeito denunciado formalmente como chefe de uma quadrilha integrada por milicianos?

A fidelidade de Pazuello a Bolsonaro é algo a ser melhor compreendido mais adiante. O general está assumindo todas as broncas do genocídio sem vacilar.

O que Pazuello deve a Bolsonaro a ponto de assumir sozinho decisões e omissões que certamente serão enquadradas como crimes graves?

Que dívida um general tem com a família a ponto de assumir sozinho a autoria de delitos que podem comprometê-lo pessoalmente e envolver as Forças Armadas?

O único sem terno, com as mangas arregaçadas e com aquela tipoia, Flavio (que está inquieto) compõe bem a figura de um chefe de facção.