O chilique de Eduardo Bolsonaro após o recuo dos EUA no tarifaço contra o Brasil

Atualizado em 21 de novembro de 2025 às 11:40
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

O chilique do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após a retirada parcial das tarifas impostas pelos EUA ao Brasil veio em forma de ataques à diplomacia brasileira e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o “Bananinha”, a decisão anunciada pelo presidente Donald Trump não tem “qualquer mérito” do governo Lula (PT), mas responde apenas à necessidade da Casa Branca de controlar a inflação americana antes das eleições.

Eduardo afirmou que a medida não foi resultado de negociações conduzidas pelo Itamaraty. “É preciso ser claro: a diplomacia brasileira não teve qualquer mérito na retirada parcial dessas tarifas de hoje. Assim como beneficiou outros países, a decisão dos EUA decorreu apenas de fatores internos, especialmente a necessidade de conter a inflação americana em setores dependentes de insumos estrangeiros”, escreveu no X.

O deputado ainda acrescentou que Trump busca “entregar resultados rápidos para que a população sinta a redução da inflação antes das urnas”.

Ataques a Moraes

Eduardo também culpou Moraes pelas tarifas que continuaram em vigor, afirmando que a sobretaxa de 50% aplicada pelos EUA à maior parte das exportações brasileiras seria uma “tarifa-Moraes”. Segundo ele, a alíquota seria consequência da “crise institucional causada pelo ministro”, que estaria prejudicando a confiança internacional no Brasil.

“A tarifa-Moraes de 50% sobre a maioria dos produtos brasileiros é consequência direta da crise institucional causada pelo ministro Alexandre de Moraes, cujos abusos já preocupam o mundo e afetam a confiança internacional no Brasil”, afirmou.

O que os EUA revogaram

Trump assinou uma ordem executiva reduzindo as tarifas de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros, incluindo carne bovina, café, frutas e derivados. A decisão inclui o reembolso dos impostos cobrados desde 13 de novembro, data da reunião entre Mauro Vieira e Marco Rubio.

Na semana anterior, o governo americano já havia diminuído tarifas de cerca de 200 itens alimentícios, mas o Brasil ainda enfrentava alíquotas elevadas.

Entre os produtos que tiveram a tarifa retirada estão carne bovina, café, laranja, manga, banana, abacaxi, açaí, cacau, especiarias, mandioca, sucos e fertilizantes como ureia e nitratos.