
A polícia continua a investigação sobre o caso envolvendo a morte de Djidja Cardoso. Recentemente, um depoimento foi prestado por Hatus Silveira, ex-personal trainer da família Cardoso, que detalhou o comportamento dos membros da seita liderada pela ex-sinhazinha do Boi Garantido.
Segundo Silveira, ao visitar a residência da família, deparou-se com um ambiente carregado de estranheza, onde sete pessoas se reuniam em torno de uma televisão exibindo algo intitulado “Cartas de Cristo”.
Em meio a esse cenário, Cleusimar Cardoso, a mãe de Djidja, instou-o a aderir ao que denominou “sair da Matrix”, uma alusão que Silveira prontamente recusou.
“Nesse dia que eu fui lá, tinham sete pessoas sentadas na sala, com uma TV escrito Cartas de Cristo. Quando passei por lá, a dona Cleu falou ‘você tem que usar isso, você tem que sair da Matrix’. Eu falei que conhecia esse tipo de droga e que não ia usar”, lembrou o rapaz.
Contudo, o mais perturbador ocorreu quando, durante uma conversa com Ademar Cardoso, irmão de Djidja, Silveira foi surpreendido com a aplicação de uma substância não consentida. O personal relatou que, em questão de instantes, sentiu-se tonto e desorientado, deixando claro seu desconforto diante da situação.
“Quando eu estava conversando com o Ademar, eu estava de costas e chegaram com a agulha e aplicaram em mim. Muito rápido. Eu falei: ‘Não faça isso’. Eu fiquei tonto por uns 15 minutos”, afirmou.
“Quando eu vi todo mundo naquela situação, não conseguiam treinar, não conseguiam nem fazer um agachamento. Eu falei: ‘tenho que me afastar disso aqui. Está todo mundo drogado, já estão se prejudicando, eu vou embora daqui’”.
Esses relatos corroboram com as declarações do delegado Cícero Túlio, responsável pelo caso, que destacou a existência de uma espécie de doutrinação na seita liderada por Cleusimar e Ademar.

As investigações apontam para a tentativa desses indivíduos de induzir outros ao uso de cetamina, uma droga anestésica comumente associada aos rituais do grupo religioso.
“Foi bem esclarecedor sobre como funcionava esse pessoal. Ele relatou que, efetivamente, os autores administravam uma espécie de seita e que existia uma conduta dessas pessoas direcionada a tentar induzir outras pessoas à utilização da ketamina. Confirmando e corroborando tudo o que já tem no curso do inquérito”, afirmou Túlio.
Além disso, outros depoimentos e evidências revelam um cenário ainda mais sombrio. Há relatos de violência sexual e coerção para a prática de aborto envolvendo ex-companheiras de Ademar Cardoso. A polícia também identificou o envolvimento de uma clínica veterinária na distribuição de substâncias perigosas para o grupo religioso.
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