O crime da pesquisa fraudulenta. Por Moisés Mendes

Atualizado em 29 de novembro de 2020 às 8:39
Manuela D’Ávila e Sebastião Melo
Divulgação / Facebook

Publicado originalmente no blog do autor

Quem vai investigar a origem da falsa pesquisa do Datafolha em Porto Alegre, com resultado diferente da pesquisa do Ibope, que deu a virada de Manuela?

Por que o site band.uol.com.br divulgou a pesquisa? De onde tiraram a mentira, que circulou durante horas nas redes sociais, como se Mello estivesse à frente de Manuela?

Segundo o site, Sebastião Melo estava com 54% das intenções de voto e Manuela tinha 46%. Foi uma fraude.

O grupo Band irá pedir desculpas e investigar o que aconteceu? Se não investigar, ficará sob a suspeita de que contribuiu para uma armação.

O UOL, que hospeda o site, entrou de gaiato num esquema da Band? E a Justiça Eleitoral fará o quê? A Folha não dirá nada? E as entidades de comunicação que fiscalizam normas de conduta?

A única pesquisa do segundo turno em Porto Alegre é a do Ibope, como a própria Folha divulgou hoje à noite, que dá a virada de Manuela, agora com 51%, e Mello com 49%.

A direita está apavorada. mas um órgão de imprensa não pode embarcar nessa cafajestada. É mais do que fake news. E não é erro, é crime.

A direção do grupo Band terá de informar o roteiro do que aconteceu, em nome da transparência e do jornalismo. A divulgação de uma correção não basta.

A correção, publicada de forma burocrática, está no site band.uol. É como se o grupo estivesse corrigindo algo banal.

Não é banal. A falsa pesquisa foi divulgada na véspera da eleição e espalhada pelas redes sociais, como contraponto à pesquisa do Ibope que informava sobre a virada de Manuela.

Vamos esperar os esclarecimentos, mas sem volteios e sem conversa fiada.

(Abaixo o link da correção)

https://www.band.uol.com.br/eleicoes/noticias/datafolha-sebastiao-melo-lidera-com-54%25-manuela-davila-tem-46%25-16317523