A pesquisa Datafolha recém divulgada confirma: Lula é imbatível.
Pelos números, não existe candidato no Brasil capaz de tirar do ex-presidente o protagonismo nessa eleição. Lula é, inquestionavelmente, o candidato e o eleitor mais importante desse país.
Disparado na frente com 30% das intenções de voto, o petista ganha com um pé nas costas qualquer candidato no primeiro e no segundo turno.
Sua ausência, por sinal, nunca se fez tão presente.
Ainda segundo a pesquisa, 30% dos eleitores dizem votar, com certeza, no candidato apoiado por ele. Outros 17% dizem que talvez o fariam. É um fenômeno. Quem, no mundo, possui tanto poder e carisma?
Mesmo que venha a se confirmar o seu impedimento, esse percentual garante o seu escolhido no segundo turno.
É o que revela a análise fria dos números.
Não se justifica, portanto, o temor alardeado por setores da esquerda de que a “insistência” do PT em ter candidato próprio resultaria num segundo turno com candidatos da direita.
Mais do que uma falácia, é uma covardia.
Aliás, vítima de um golpe escandaloso, nenhum partido no país tem hoje mais direito de ter candidato próprio do que o PT.
Chega a ser um dever perante os 54 milhões de brasileiros que tiveram seus votos rasgados em praça pública por uma quadrilha de bandidos.
Defender a retirada do PT do pleito é referendar o golpe. É uma traição ideológica que o futuro próximo julgará.
Até porque é justamente nessa esteira de pensamento que se ancoram os principais adversários de Lula.
Mais do que a hegemonia do ex-presidente, o que a pesquisa desnuda é a “necessidade” dos demais candidatos de que uma injustiça se perpetue até, pelo menos, à eleição.
Está claro, não existe viabilidade prática de nenhuma outra candidatura com Lula livre e legalmente possibilitado de se candidatar.
Para que as pretensões dos adversários do petista tenham alguma possibilidade de êxito, não importa o que digam, passam inevitavelmente pelo fato de que Lula continue preso e incomunicável ilegalmente.
É um paradoxo terrível.
Por mais “democratas” que se vendam. Seja qual for o candidato, não será eleito sem que uma injustiça cruel se perpetue.
Isso explica o porquê de nenhum dos principais postulantes não defender com ênfase a necessidade de Lula ser libertado e poder exercer o seu direito constitucional de ser avaliado perante ao mais justo, amplo e pleno tribunal da democracia: a eleição.
Isso é o que une Ciro, Marina e Bolsonaro.
Se qualquer um deles for eleito, sua gestão deverá ser atribuída à mais escandalosa trama já vista na história republicana desse país.
Cabe a todos nós, democratas e progressistas, evitar uma excrescência dessas.