
No ranking da arrogância dos que se consideravam impunes para sempre, começando pela família Bolsonaro, ninguém batia Silas Malafaia.
O pastor tinha certeza de que estava blindado pelos fiéis da sua igreja. Se Alexandre de Moraes, que ele sempre chamou de ditador, tentasse enquadrá-lo, o Brasil evangélico acionaria um levante nacional.
Ele sabe hoje que não é nada disso. Malafaia é tão alcançável quanto a família Bolsonaro, os generais, Carla Zambelli e quanto outros que ainda estão impunes, mas sabem que em algum momento irão tombar.
Malafaia saiu atirando por inércia, depois de ser ouvido no Galeão, onde a Polícia Federal o esperava. Chamou Moraes de criminoso e ditador porque está em moto contínuo. Disse que no 7 de setembro o povo vai dar uma resposta.
Silas Malafaia criticou o ministro Alexandre de Moraes e disse que não deve nada à Justiça, após ter celular e passaporte apreendidos no aeroporto no Rio de Janeiro. “Vão ter que me prender para me calar”, disse o pastor.
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— GloboNews (@GloboNews) August 21, 2025
SILAS MALAFAIA! PF apreende meu celular, cadernos bíblicos e passaporte a mando do criminoso Alexandre de Moraes pic.twitter.com/vsxOcX9rbU
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) August 21, 2025
Malafaia será a versão religiosa de Zambelli. Não terá o apoio que acha que merece e pode ser preso a qualquer momento e entrar em desatino.
Moraes vai provar que julga, condena e prende todos eles, mesmo sob a ameaça de Trump. Malafaia está abraçado ao demônio, que não é bolsonarista, como alguns pensam.
O demônio é um pândego, um anarquista, que está se divertindo com os que se divertem com ele com falsos exorcismos. Malafaia pode, a qualquer momento, ser o próximo com tornozeleira.
Braga Netto, o chefe militar do golpe, está preso por obstrução de Justiça. Malafaia enfrenta a mesma acusação e ainda é investigado por coação, pelos ataques públicos às instituições e a Alexandre de Moraes.
Já dá para apostar na bet da besta: Malafaia pode ser o grande ausente na aglomeração do 7 de setembro.