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O descontrole emocional de Neymar, o ídolo patético que sobrou para o Brasil. Por Kiko Nogueira

Neymar chora

Tite defendeu o choro de Neymar após a vitória suada do Brasil sobre a Costa Rica.

“Ele tem a responsabilidade, a alegria, a pressão e a coragem pra externar esse sentimento. Eu, por exemplo, sou um cara emotivo, mas cada um tem a sua característica”, disse.

Desequilibrado, Neymar foi às redes sociais se queixar.

“Nem todos sabem o q passei pra chegar até aqui, falar até papagaio fala, agora fazer…”, escreveu.

Segundo ele, as lágrimas são de “alegria, de superação, de garra”.

“Na minha vida as coisas nunca foram fáceis, não seria agora né! O sonho continua, sonho não, OBJETIVO!”

O mimimi ganhou o apoio de Thiago Silva, o zagueiro que abriu um berreiro indigente em 2014 antes da decisão nos pênaltis contra o Chile.

“Falei para ele: ‘Chora mesmo, só você sabe o que passou para estar aqui nesta Copa’”. Thiago Silva, um mestre em choramingar, é capitão. 

Tite gosta de repetir um mantra para seus comandados: “Mentalmente forte”. O resultado é esse que se vê.

A comissão técnica dispensou um psicólogo.

Tite faz esse papel como “coach” — uma dessas picaretagens marqueteiras que não significam coisa alguma, tipo “sustentabilidade”.

Neymar é tratado, simultaneamente, como um menino que precisa ter as fraldas trocadas e como um super salvador da pátria.

Nas entrevistas, os outros jogadores, a grande maioria estrelas em seus clubes, têm que ouvir perguntas sobre ele.

“Na minha vida as coisas nunca foram fáceis”, diz um sujeito que ganha mais de 700 mil euros por semana e carrega dois cabeleireiros para a Rússia.

É absurdo um atleta desabar dessa maneira na fase de grupos após superar a esforçada Costa Rica.

Tentou cavar um pênalti com um teatro ridículo.

Mais tarde, reclamou com o juiz que colocou casualmente a mão em seu peito: “Não me toque!”.

Deu um soco na bola. Xingou um adversário, em espanhol, de “filho da puta”, entre outras gentilezas, por uma falta ordinária.

Tomara que sejamos campeões.

Mas Neymar é o ídolo patético que este Brasil merece.   

Kiko Nogueira

Diretor do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

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Kiko Nogueira

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