O domingo dos dentes à mostra. Por Fernando Brito

Atualizado em 1 de maio de 2022 às 8:20
Foto: Reprodução

Não dá para prever o quanto a máquina bolsonarista levará para as ruas amanhã, no seu Brucutu’s Day, em homenagem ao leão de chácara Daniel Silveira e para agredir o STF.

Mas, mesmo que venham a ser poucos, é certo que o estado de excitação e agressividade será grande.

Não estamos diante de um movimento político-eleitoral, estamos defrontados com um movimento sedicioso, que visa demolir um resultado negativo das eleições, senão no primeiro turno, certamente no segundo, quando esperam colocar em marcha um clima de terror e de chantagem aberta.

Claramente, o de que as Forças Armadas não aceitarão uma vitória de Lula.

Ou seja, ou se dá o voto a Bolsonaro ou se dará, sem o voto, o poder outra vez a Bolsonaro.

Repare como, nos últimos meses, ficou claro que, infelizmente, as opções próprias da democracia ficaram obscurecidas.

É evidente que em processos eleitorais normais, cada um pode buscar o ajuste fino entre o que pensa e o candidato em que vota e que isso implica, como em qualquer país, em quatro, cinco, seis ou ate mais candidatos.

Aqui, entretanto, há um cenário em que qualquer voto desperdiçado em candidaturas inócuas ou mesmo anulado por descrença é, na prática, um voto que ajuda o país a descambar para o autoritarismo.

Os dentes estão à mostra, deles não façamos pouco caso.

Há uma ameaça sobre todas as cabeças dos brasileiros e é preciso entender que, se ainda temos saída, cada metro em que se permite que o bolsonarismo avance nos deixa mais perto de um ponto sem volta nesta loucura.

O 1° de maio, dia dos direitos e das liberdades dos que trabalham não pode ser convertido na data das feras à solta, pregando a barbárie e a ditadura.

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