O encontro do chanceler alemão com William Waack. Por Moisés Mendes

Atualizado em 18 de novembro de 2025 às 9:21
O chanceler alemão Friedrich Merz e o jornalista William Waack. Foto: Reprodução

O chanceler alemão Friedrich Merz, que tem toda a pinta de neonazista moderado, deveria jantar com William Waack, o sujeito demitido da Globo por racismo.

Merz disse que estava feliz por ter deixado Belém do Pará e retornado à Alemanha, por não imaginar que alguém queira viver no Brasil.

Essa foi a fala do sujeito em discurso no Congresso Alemão do Comércio no último dia 13, ao falar de Belém e comparar Brasil e Alemanha, ao voltar da COP-30:

“Minhas senhoras e senhores, vivemos num dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada quem gostaria de ficar lá. Ninguém levantou a mão. Todos ficamos contentes por regressar à Alemanha, sobretudo daquele local onde estávamos, na noite de sexta-feira”.

Em agosto de 2023, ao vivo na CNN, durante a cúpula da Amazônia, Waack chamou o Pará de selva e disse o seguinte:

“O Caio (repórter) está nos chamando lá de Belém, e eu não quero deixar ele parado lá no meio do mato”.

A entrevistada, a então ministra do Meio Ambiente Izabela Teixeira, o corrigiu na hora no estúdio: “Ele não está no meio do mato, está no meio da cidade agradabilíssima”.

O racista tentou remendar: “A gente se zoa muito aqui”.

Foi por zoar de negros em Washington que ele foi demitido da Globo em 2017 por atitude racista.

Ele e o chanceler teriam muito o que conversar sobre xenofobia, supremacismo e racismo.

Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/