O esgoto emudeceu: Cadê Alexandre Garcia e Augusto Nunes explicando o caso Queiroz?

Atualizado em 20 de junho de 2020 às 11:14

PUBLICADO NO ANTROPOFAGISTA 

POR CELESTE SILVEIRA

Um dos maiores erros que se comete é falar que, além dos robôs do gabinete do ódio, Bolsonaro não tem apoio de jornalistas tradicionais.

Ao contrário, Bolsonaro comprou a peso de ouro as falas de Alexandre Garcia a ponto deste deixar a Globo na qual era editor chefe para ser limpa-trilho de Bolsonaro.

O mesmo pode-se dizer da Revista Oeste que concorre com a ex-bolsonarista Crusoé de Mainardi, agora, morista.

A Oeste é formada por quatro sócios que, certamente, recebem benefícios do governo para defender, a ferro e fogo, tudo o que o chefe mandar. JR Guzzo, Augusto Nunes, Ana Paula do Vôlei e Guilherme Fiuza.

Essa gente toda se junta a Olavo de Carvalho, Joven Pan e as TVs de Silvio Santos (SBT) e a de Edir Macedo (Record).

Mas, agora, esse conjunto chapa branca está mudo desde que prenderam Queiroz na casa do advogado de Bolsonaro, que é também de Flávio e que foi também de Adriano da Nóbrega e, com certeza, de tantos outros milicianos.

Isso mostra o tamanho do estrago que a prisão de Queiroz produziu no casco do navio de Bolsonaro.

Como explicar o Queiroz sem passar pelo Flávio e, consequentemente, pelo Jair Bolsonaro?

Não há como separar um veneno do outro, nem sendo uma caricatura de jornalismo, como praticam Alexandre Garcia, Augusto Nunes, Constantino, Ana Paula do vôlei e Coppola.

Nesta quinta-feira (18) o próprio Bolsonaro se sentiu na obrigação de falar sobre Queiroz, e falou mal e porcamente, sem responder o principal, o que Queiroz estava fazendo em Atibaia na casa de Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro e de Flávio.

E se Bolsonaro passou batido por isso, dizendo que Queiroz estava em Atibaia para tratamento de um câncer, os hospitais da região já desmentiram essa versão funesta.

Não é possível que Bolsonaro tenha dito que Queiroz estava em uma cidade a 100 km de São Paulo para fazer tratamento na capital.

E se Bolsonaro não conseguiu uma explicação minimamente plausível, ao contrário, pulou o principal, falar o que Queiroz estava fazendo na casa do seu advogado, não é esse esgoto jornalístico que o defende que tentaria tirar um argumento da cartola para explicar tudo o que rodeia Queiroz.

Então, o jeito foi todos se fazerem de mortos e fingirem que nada disso aconteceu, Queiroz não foi preso, a casa aonde estava escondido não era do advogado da família Bolsonaro e, muito menos que o advogado evaporou sem dar qualquer explicação.

Como se vê, vida de jornalismo de esgoto chapa branca não é mole.