O ex-futuro embaixador caiu na armadilha do retrato. Por Moisés Mendes

Atualizado em 3 de março de 2020 às 16:16
Eduardo Bolsonaro (Foto: Diego Bresani)

Um político com um mínimo de esperteza não cairia na armadilha que a Piauí preparou para Eduardo Bolsonaro. Poucos poderão ler a reportagem de Thais Bilenky, mas a foto feita por Diego Bresani já corre mundo.

O retrato só existe porque os líderes da extrema direita brasileira são simplórios, não só os filhos de Bolsonaro e o próprio Bolsonaro, mas também Sergio Moro e outros da mesma turma.

A extrema direita é bobona, como fica claro na expressão infantil de alegria do ex-futuro embaixador enquanto caía na arapuca, e só está no poder porque descobriu o truque para enganar trouxas.

Não há como não ter a curiosidade de saber se o sujeito tinha os livros ou se as obras de Olavo de Carvalho, Brilhante Ustra e outros foram levadas pela produção da revista.

Não sei se a reportagem explica. Não consegui acessar o texto, porque não sou assinante, mas não vou comprar a revista. Acredito que os livros foram levados e que a composição da cena do idiota naquele cenário sombrio foi preparada.

O sonho de todo idiota é chegar ao cume da condição de imbecil. Mas aí é preciso estudar muito mais do que Olavo de Carvalho.

Reacionários veteranos formados por tantos golpes devem olhar esse retrato grotesco e pensar: teve um tempo em que a direita brasileira lia ou fingia que lia José Guilherme Merquior.