O fim do foro, o golpe de Barroso e a antipolítica. Por Gilberto Maringoni

Atualizado em 4 de maio de 2018 às 23:48

Publicado originalmente no perfil de Facebook do autor.

POR GILBERTO MARINGONI

Luis Roberto Barroso. Foto: Divulgação/Twitter/STF

O fim do foro especial – equivocadamente chamado foro privilegiado -, ao contrário de ser uma medida moralizante é uma vitória da demonização da política.

A iniciativa do ministro Luís Roberto Barroso – indicado pelo PT por seu vezo ongueiro – é fruto de um golpe, no qual o STF substitui o quórum qualificado do Congresso na aprovação de emendas à Constituição. Além disso, mostra como é o maravilhoso mundo judicializado: está mantida a prerrogativa para juízes e desembargadores e incide apenas sobre deputados e senadores. A medida é atabalhoada e gerará inúmeras confusões e incertezas legais.

O foro é uma defesa necessária para parlamentares que enfrentam o poder econômico e estão sujeitos a terem suas ações tolhidas por qualquer obscuro magistrado de primeira instância. Tende a bloquear ações mais aguerridas de deputados e senadores combativos.

O alvo central é a ação política, numa clara vitória do partido da justiça.

Contou – não à toa – com entusiasmado apoio dos meios de comunicação, ex-paneleiros e néscios de variados matizes.