O Genoíno que eu conheço da Vila Indiana voltou com a sua aura de menino. Por José Cássio

Atualizado em 11 de dezembro de 2020 às 0:55
José Genoíno e a filha Miruna. Foto: Débora Cruz

Estava dando um tapa na casa nesta manhã quando o celular tocou.

Genoíno!

– Bom dia, professor!

– Bom dia, Zé. Tô ligando pra saber como foi a live. E agradecer, o Kiko é um cara fantástico.

O Genoíno que volta à cena política após comer o pão que o diabo amassou é um cara animado e rejuvenescido. Um quase garoto aos 73 anos. Está certo que somos vizinhos e temos inúmeros amigos em comum. Por pouco não resolvemos os problemas da humanidade em 60 minutos de conversa fiada.

Ele reiterou suas posições políticas, explicou sobre a importância de uma reflexão profunda sobre o papel das esquerdas e dessas lideranças encamparem o tema do socialismo sem medo.

Genoíno brilhou na história do país com sua incrível capacidade de quebrar paradigmas sem ferir ninguém. Acredita no diálogo, na solidariedade e na capacidade de transformação pela democracia.

Ele não vê a hora de tomar a vacina para vir na redação do DCM tomar café com a gente. Mora tão perto de nós que nem vale a pena tirar o carro da garagem.

Está animadíssimo com o lançamento de seu novo livro, agora em janeiro.

Nossa conversa foi informal, entre duas pessoas com ideais parecidos e sonhos comuns, além de bons vizinhos.

Não é motivo para render um texto aprofundado, com declarações fadadas a causar. Na verdade, vale pouco pra ele, por ser rotina, e muito para mim, que sempre acreditei sinceramente que a História haverá de fazer o seu sempre justo julgamento.

Vai me servir como mais uma pedrinha no legado que estou construindo para deixar aos meus filhos, Alice e Mateus.

José Genoíno é um clássico da política e da vida. Sempre gostei dos clássicos.