O impeachment de Bolsonaro e a cultura golpista da classe dominante brasileira. Por Gleisi Hoffmann

Atualizado em 29 de março de 2019 às 10:08
O presidente Jair Bolsonaro com o vice general Hamilton Mourão – Marcos Correa/Presidencia de Brasil

Os banqueiros e seus amigos na política, que apostaram tudo em Bolsonaro, já começam a mostrar impaciência com sua incapacidade de aprovar essa trágica reforma da previdência no Congresso Nacional.

O mercado financeiro e a FIESP já falam abertamente em impeachment e no vice Mourão – o mesmo que defende o fim do 13º salário, o fim do adicional de férias, o fim da carteira de trabalho, o fim do Bolsa Família e o fim do aumento real do salário mínimo.

O vice, que a cada dia parece mandar mais que o presidente, já incorporou o discurso e os interesses do sistema – não importa se por ignorância, por ideologia ou por oportunismo.

Para os poderosos, Mourão seria a solução para aprovar essa reforma da previdência que vai acabar com a aposentadoria do povo.

Eles querem que o Brasil corte o pagamento dos aposentados e de outros direitos previdenciários para que o governo possa continuar transferindo recursos públicos para o setor privado, setor financeiro, diminuindo o Estado de proteção social, para mais à frente reduzir os impostos de quem já é muito, muito rico.

A cultura golpista é intrínseca à classe dominante brasileira. Impressionante!