O laranjal de Bolsonaro é um negócio de família. Por Fernando Brito

Atualizado em 3 de junho de 2019 às 10:22

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO TIJOLAÇO.

Ontem, o Globo mostrou como vivem – e como calam –  quatro dos nove parentes de Ana Cristina Siqueira Valle,  ex-mulher de Jair Bolsonaro,  mantidos no gabinete de Flávio Bolsonaro (alguns no dele, também) durante os anos em que foi deputado estadual.

Hoje é a vez do Estadão revelar que este amor que se vive com a família dos “ex” é semelhante em Fabrício Queiroz, o parceiro do Filho 01, que empregou  com Flávio, mulher Márcia e as filhas, uma delas com passagem também no gabinete do “Mito”, e que se estendeu ao gabinete do outro filho, o pitbull Carlos, na Câmara Municipal do Rio.

Márcio da Silva Gerbatim e Claudionor Gerbatim de Lima, ex-marido de Márcia e seu sobrinho, respectivamente, faziam, segundo diz o jornal, “uma espécie de rodízio entre os gabinetes dos dois irmãos”. Pelo de Flávio, esteve empregada tambem Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim, outra filha de Márcio Gerbatim.

Empregado como motorista pelo vereador entre abril de 2008 e abril de 2010, Márcio foi nomeado logo depois como assessor-adjunto no gabinete de Flávio na Alerj, onde ficou até maio de 2011. No mesmo dia, Claudionor ganhou a vaga no gabinete de Carlos na Câmara Municipal. 

Não é preciso dizer que nenhum deles dava as caras por lá e nem crachá do serviço tinha, não é?

O amor familiar abastecido com cargos públicos é uma maravilha, não é?