Imagine um leitor da Veja. O típico leitor. Aquele que acredita em cada linha. Que mostra coisas da revista para os amigos. Que não questiona nada. Que a lê como um muçulmano lê o Corão.
Ao longo dos anos, este leitor foi doutrinado com uma visão de Lula equivalente a Belzebu. Uma entidade do mal. Alguém que veio ao mundo para produzir destruição. Que não tem dois lados, um positivo e um negativo. Apenas o negativo.
Agora imagine que a este leitor é entregue o julgamento de Lula.
Este leitor é Moro.
É tão simbiótica a relação entre leitor e revista que, recentemente, Moro levou um jornalista da Veja para testemunhar uma visita dele aos Estados Unidos. Na viagem de avião, o repórter chegou a fotografá-lo camuflado no banco dos passageiros, com um boné, para não ser reconhecido, como se fosse Brad Pitt.
É este leitor que vai decidir a sorte de Lula.
Ou que já decidiu. O que poderia levar um leitor entusiasmado da Veja a absolver Lula? Ou a julgá-lo com um grau mínimo de isenção que se esperava — anos atrás, é verdade — num magistrado? Nada. A revista faz jornalismo de guerra contra Lula e seu leitor faz justiça de guerra.
Esta é a verdade.
A sorte, ou o azar, de Lula repousa nas mãos de um leitor devoto da Veja.
Sérgio Moro.
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