Publicado originalmente no Tijolaço
POR FERNANDO BRITO
Alguém do governo “soprou” a Eliane Cantanhêde que iria acontecer o óbvio: Ricardo Vélez seria demitido do Ministério da Educação, para onde jamais deveria ter sido nomeado.
Significa um risco imenso, deveria saber Cantanhêde, esperar que Jair Bolsonaro aja com lógica e preocupação diante de uma crise que paralisa e desmoraliza um órgão que, pelo essencial de suas funções, deveria estar no centro das preocupações de um governante.
Mas como o MEC e a educação não valem nada para Bolsonaro, ele não perdeu a chance de usá-los para uma “treta”.
É possível que ele tenha mesmo decidido sepultar Ricardo Vélez, já em adiantado estado de putrefação no MEC, mas que, informado de que ela noticiara a decisão, tenha desistido só pela oportunidade de “zoar” no Twitter a ex-colunista da “massa cheirosa” e ficar dando gargalhadas de mentecapto com a sua “vitória”.
Você, Cantanhêde, e a turma da Globonews, que agora anda repugnada com o que Bolsonaro faz com a grande mídia, deveriam lembrar de quanto ajudaram a instalar um governo de “memes”.
Vélez ganhou mais algum tempo de “sobremorte” no cargo (sobrevida seria uma impropriedade) porque, afinal, o presidente está brincando de governar.