
O nanismo moral e institucional de Bolsonaro fica ainda mais tenebroso diante da estatura do Papa Francisco.
No mesmo dia em que presidente da República resolveu humilhar seu ministro da Saúde e vetar a compra de uma vacina contra a covid-19, arriscando a vida de milhões, Francisco se mostrou um gigante.
Manifestou-se a favor de direitos civis, inclusive a união, para homens e mulheres gays.
“Os homossexuais têm direito a formar uma família”, disse ele no documentário “Francesco”, dirigido por Evgeny Afineevsky, lançado hoje.
“Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser excluído ou forçado a ser infeliz por isso. O que temos que fazer é criar uma legislação para a união civil. Dessa forma, eles ficam legalmente cobertos.”
É um dos comentários mais explícitos que o pontífice já fez sobre o assunto.
A força de suas palavras sobre uma empresa com 2 mil anos de idade e para milhões de fieis é avassaladora e ele tem consciência disso.
Bem como o vagabundo do Planalto sabe que, com sua sandice, atira alfafa aos radicais de extrema direita e agrada seu patrão nos Estados Unidos, Donald Trump.
Quantos morrerão por causa desse genocida?
“O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado”, pregou Jesus Cristo.
É um privilégio ser contemporâneo de Bergoglio (e de outro argentino, Messi).
Ele nos fornece o alento, a esperança de que nossos tempos podem ser menos desgraçados, e nos lembra da transitoriedade de demônios como Bolsonaro.
Longa vida a Francisco. E que a terra não seja leve para Jair Bolsonaro.