O New York Times pede para imaginar Bolsonaro julgado em Haia por crime contra a Amazônia

Atualizado em 23 de setembro de 2019 às 18:54
Bolsonaro no New York Times, como sempre mal na foto

No New York Times — que, como sabemos, faz parte do grande complô do marxismo cultural mundial, juntamente com Theodor Adorno, que não morreu e continua compondo para Djavan –, uma possibilidade cada vez mais concreta.

“Imagine Jair Bolsonaro em julgamento por ecocídio em Haia”, pede um artigo assinado por Ernesto Londoño.

Seguem uns trechos:

Desde agosto, à medida que vastas extensões da floresta amazônica estavam sendo reduzidas a cinzas e a indignação e os pedidos de ação se intensificavam, um grupo de advogados e ativistas que estavam promovendo uma idéia radical viu uma esperança na tragédia que se desenrolava: daqui a alguns anos, eles imaginaram o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, levado ao Tribunal de Haia para ser julgado por ecocídio, um termo amplamente entendido como a destruição voluntária e generalizada do meio ambiente e que, eles esperam, acabará por acontecer, como outros crimes contra a humanidade.

Atualmente, não há crime internacional que possa ser usado para responsabilizar os líderes mundiais ou os executivos corporativos criminalmente em tempo de paz por catástrofes ecológicas que resultam no tipo de deslocamentos em massa e em ataques à população mais comumente associados a crimes de guerra.

Mas os ambientalistas dizem que o mundo deve tratar o ecocídio como um crime contra a humanidade – como o genocídio – agora que as ameaças iminentes e de longo prazo colocadas por um planeta em aquecimento estão entrando em foco.

Em Bolsonaro, eles viram um vilão feito sob medida para um caso de teste legal. (…)

Na melhor das hipóteses, os ativistas anti-ecocídio dizem que levaria alguns anos para reunir o apoio necessário para alterar o Estatuto de Roma.

Mas meramente levantar o debate sobre penalizar o ecocídio pode ajudar bastante a moldar a avaliação de riscos de empresas e líderes mundiais que até agora consideravam desastres ambientais principalmente como pesadelos em relações públicas.

“Usamos o direito penal como a linha entre o que nossa cultura aceita e o que não”, afirma Jojo Mehta, co-fundador do grupo Stop Ecocide. “Depois de ter uma lei criminal em vigor, você começa a mudar a cultura.”