O “otimismo” de Guedes: pior do que está não fica. Por Fernando Brito

Atualizado em 16 de junho de 2020 às 19:45
Paulo Guedes.
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado originalmente no blog do autor

Por Fernando Brito

O atento redator das chamadas do site da Folha recolheu a pérola deixada no último parágrafo de uma matéria feita sobre a fala de Paulo Guedes numa palestra virtual a integrantes do IGP (Instituto de Garantias Penais).

“Vejo um futuro brilhante porque é muito difícil a gente piorar“, diz Guedes sobre recuperação econômica”, relata o jornal transcrevendo o tirirítico Ministro da Economia, no mesmo dia em que o comércio, segundo o IBGE, tem a maior queda dos últimos 20 anos: 17 por cento em relação a março, quando já registrara baixa sobre fevereiro.

Na avaliação do ex-Posto Ipiranga, quem nos colocou na crise foi “nosso viés cultural”, seja lá o que isso queira dizer.

No melhor estilo “disco arranhado”, Guedes continua dizendo que apenas uma reforma tributária a “mágica” para o Brasil se recuperar, como se isso fosse suprir a carência de investimentos e as dores de cabeça ampliadas do endividamento público.

Os mecanismos de financiamento do investimento, público e privado, na economia brasileira precisam ser revistos e ampliados e os bancos privados, como se viu no fracasso da maioria das linhas de ajuda emergencial que “encalharam” no sistema bancário.