O panetone rachadinho de Flávio Bolsonaro. Por Fernando Brito

Atualizado em 14 de agosto de 2020 às 11:55

PUBLICADO NO TIJOLAÇO

POR FERNANDO BRITO

“O panetone é cem reais, mas se o senhor pagar em dinheiro sai a oitenta reais”.

Certamente todo mundo já passou por isso, imaginando que iria ser sem nota fiscal.

Mas na loja da Kopenhaguen de Flávio Bolsonaro o esquema era outro, com nota fiscal e, olhe só, de R$ 100.

Portanto, o faturamento “aumentava” o suficiente para encobrir as outras fontes de renda do então deputado.

O esquema, que consta da investigação do Ministério Público e foi mostrado ontem no Jornal Nacional só foi descoberto porque outros franqueados da Kopenhaguen, que vendiam os produtos a preço de tabela, souberam da mutreta e denunciaram à franqueadora, que verificou ser verdade e até filmou uma das “propostas indecentes” feita fregueses.

O ex-proprietário da loja, Cristiano Correia Souza e Silva, por conta disso foi intimidado por Alexandre Santini, socio de Flávio, por mensagens que incluíam imagens de pessoas enforcadas. Meigo, não é?

Não passa um dia sem que venha à toma mais um detalhe escabroso de que trata-se de uma gente rastaquera, praticante de pequenas espertezas e delitos, tudo para ir amealhando e lavando um dinherinho.

Estas são “espertalhões”, criminosos de baixa extração, gente que tem como único critério e objetivo arrumar com que fazer patrimônio e “curtir a vida adoidado”.

O impressionante é que a elite brasileira tenha feito de uma camorra assim a ferramenta para destruir as forças de esquerda deste país e que, mesmo fazendo carinhas de nojo, continue dando suporte a eles.

Bolsonaro é uma história que, se nos tivessem contado há três anos, ninguém acreditaria.