O pedido que advogado de Bolsonaro fará ao STF após julgamento

Atualizado em 11 de setembro de 2025 às 16:03
O ex-presidente Jair Bolsonaro e Paulo Cunha Bueno, um de seus advogados. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.)

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta (11) que poderá solicitar prisão domiciliar caso ele seja condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento, que também envolve outros sete réus acusados de integrar a trama golpista.

O advogado Paulo da Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, disse a jornalistas que a medida pode ser considerada em razão da condição clínica do ex-presidente. “O presidente Bolsonaro tem uma situação de saúde muito delicada. Não vou antecipar o que acontecerá ou não, porque a gente não tem o resultado do julgamento, mas isso poderá ser levado à mesa em algum momento, sim”, declarou.

O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto e tem usado tornozeleira eletrônica.  Caso a condenação seja confirmada, o tribunal deverá decidir em definitivo onde ele cumprirá a pena.

A Corte já formou maioria para condená-lo pelo crime de organização criminosa e também analisa outros delitos citados pela Procuradoria-Geral da República (PGR): tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de bem tombado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro na casa em que cumpre prisão domiciliar, no condomínio Solar de Brasília. Foto: Gabriela Biló/Folhapress

A ministra Cármen Lúcia é a quarta integrante da Primeira Turma a votar e deve formar maioria para condená-lo pelos crimes. Antes, já votaram Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino, que foram a favor da punição, e Luiz Fux, que divergiu e defendeu sua absolvição.

Se houver condenação, caberá a Alexandre de Moraes decidir o local de cumprimento da pena. As opções incluem a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, uma cela especial na Papuda ou, em tese, um quartel do Exército, hipótese considerada improvável por integrantes da Corte.

A definição deve ser anunciada logo após o fim do julgamento, encerrando uma das etapas mais decisivas do processo.

Acompanhe o julgamento ao vivo:

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.