Soninha continua a ser um símbolo sexual

Atualizado em 23 de dezembro de 2012 às 7:22

Todos os dias dezenas de leitores chegam ao Diário em busca dos termos “Soninha pelada”.

Soninha

Soninha se desgastou extraordinariamente na última campanha eleitoral de São Paulo. Acompanhou Serra em sua jornada miserável rumo ao malufismo. Xingou Haddad de filho da puta, e ficou exposta como uma mulher muito bem sucedida em empregar a família no governo amigo, do qual extraiu também uma bela sinecura: uma diretoria de uma estatal cujas reuniões são muito bem remuneradas.

Mas alguma coisa ela não perdeu: o apelo provocado por sua nudez em favor da bicicleta. Esta é, evidentemente, uma grande causa.

Todos os dias, quando examino a forma como as pessos chegaram ao Diário, ali está uma expressão mágica: “Soninha pelada”. São, a cada dia, várias dezenas de leitura de um texto em que louvei o empenho de Soninha pela bicicleta em São Paulo.

Uma imagem que ficou e ficará

A mulher nua fascina o homem. Nenhuma bandeira é tão amplamente divulgada quando ela vem embrulhada em corpos femininos despidos. As garotas do Femen, o grupo feminista ucraniano que vai se globalizando, são notícia em toda parte.

Há pouco tempo, elas abriram um escritório em Paris, e a cobertura da mídia foi espetacular. É mais fácil você achar fotos delas em Paris do que do novo presidente François Hollande.

O feitiço não tem idade. É célebre a história de senhoras do interior da Inglaterra que para angariar fundos para já não lembro o que posaram nuas para um calendário. A história se transformou em peça de teatro e filme.

As garotas do Femen em Paris

O poder da nudez é proporcional ao grau de surpresa que provoca. Trinta anos atrás, lembro, o sonho de todo editor da Playboy era convencer Malu Mader a fazer um ensaio para a revista. Isso jamais aconteceu.

Inversamente, se uma mulher do BBB posa nua pela bicicleta, ou o que for, a repercussão é escassa pela previsibilidade.

Soninha surpreendeu. Ninguém imaginava vê-la sem roupa. Sua beleza doce e natural, que apareceu primeiro na MTV, despertou entre os homens fantasias desde logo: era nossa Audrey Hepburn, ou algo parecido.  Mas ela parecia séria demais para a nudez.

Quando posou nua, Soninha não perdeu a imagem de seriedade. Ganhou, ao contrário, a aura de ousada.

A nudez alçou o prestígio de Soninha a um novo patamar. Infelizmente para Soninha foi de lá, das alturas conquistadas, que ela despencou ao se agarrar ao reacionarismo de Serra.

Mas a nudez pela bicicleta ficou e ficará como o melhor momento de Soninha, uma cena que por muito tempo capturará a atenção admirada dos homens brasileiros, como o Diário pode constatar a cada vez que o painel de controle estatístico é consultado.