
O pastor Silas Malafaia afirmou no último domingo (31) que partidos políticos no Congresso Nacional já articulam uma anistia para libertar Jair Bolsonaro (PL) até 90 dias após eventual condenação no Supremo Tribunal Federal (STF). O líder religioso declarou que a estratégia está sendo conduzida por uma bancada ligada ao deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), atual líder da legenda na Câmara.
Na véspera do julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado, que começa nesta terça-feira (2), Malafaia disse que Bolsonaro “já está condenado” pela Primeira Turma do STF, mas que não permanecerá muito tempo encarcerado no presídio da Papuda, em Brasília. Segundo ele, ministros como Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Flávio Dino não teriam condições de atuar no processo.
Durante sua fala, o pastor citou ainda o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que recentemente declarou que “não se anistia sem julgar” e que questões políticas cabem ao Congresso. Para aliados do ex-presidente, a fala foi interpretada como um possível aval para que o Legislativo discuta a anistia após a condenação.
Malafaia afirmou que a Corte levará o processo até o fim por “questões de vaidade”, mas que a decisão final sobre a liberdade de Bolsonaro estaria nas mãos do Congresso. “Eles vão condenar, mas depois passa a ser problema do Congresso Nacional”, disse.
Segundo o pastor, a articulação política já estaria pronta para ser apresentada. Ele destacou que deputados e senadores aguardam apenas a confirmação da condenação para avançar com a proposta. “Existe uma grande articulação de partidos para aprovar a anistia e liberar Bolsonaro”, declarou.
Silas Malafaia também fez referência ao ministro Luiz Fux, afirmando que, se não houver pedido de vistas no julgamento, será a confirmação de que o acordo já está fechado. Para ele, a libertação do ex-chefe do governo ocorreria em até 90 dias após a sentença.