
Essa história do misterioso pen drive — ou algo similar — encontrado na casa de Bolsonaro me fez lembrar do amigo jornalista Olyr Zavaschi.
Olyr foi aos Estados Unidos no início dos anos 2000, num retorno afetivo com Maria Lucrécia, a psiquiatra esposa dele. Os dois haviam morado em Washington.
Na volta, ele largou um objeto parecido com um chaveiro em cima das mesas dos colegas da sala da editoria de opinião da Zero Hora: o Nilson Souza, a Suzete Braun, o Clóvis Malta, o Paulo Sant’Ana e eu.
Era o tal pen drive, que recém havia sido inventado e poucos conheciam. Perguntei ao Olyr: para que serve?
“Para armazenar meio mundo”, ele disse. Isso aconteceu há mais de 20 anos. O pen drive branco, que tenho até hoje, é esse aí da foto. Perdemos o sábio Olyr Zavaschi no inverno de 2011.

Hoje, Bolsonaro disse que nunca lidou com um pen drive. Pois esse cara governou o Brasil e, se o golpe tivesse dado certo, estaria agora no poder.
Um sujeito que, na hora do aperto, empurra até um pen drive para o colo da mulher — que seria a dona da coisa.
Ele diz isso porque é verossímil, com o tamanho do conjunto das suas ignorâncias, que ele não saiba mesmo o que é um pen drive.
Bolsonaro não sabia nem como dar um golpe.