O príncipe não quer ser incomodado. Por Moisés Mendes

Atualizado em 7 de fevereiro de 2021 às 16:17
Fernando Henrique Cardoso. Foto: Reprodução/Blog do Moisés Mendes

Publicado originalmente no blog do autor

Trecho de artigo de Fernando Henrique Cardoso, o pernóstico, hoje no Globo:

“Às vezes, raramente, sinto certo desânimo. Olho em volta e vejo: meu Deus, outra vez! É o Congresso em seu ritmo habitual: dá cá, toma lá. Certa vez perguntei a Bill Clinton, então presidente dos Estados Unidos: mas é sempre assim? Tratava-se da prática de pegar no telefone e falar com cada um dos deputados que o apoiavam, para pedir: é preciso votar a favor, ou contra, tal ou qual projeto”.

O sujeito que comprou o Congresso para conseguir a própria reeleição só conversa sobre toma-lá-dá-cá com Bill Clinton.

Imaginem se o príncipe tucano, patrono do golpe contra Dilma Rousseff, vai falar sobre imundícies da política com Eduardo Cunha, Padilha, o jaburu, Aécio, Serra, coronéis da Fiesp e grileiros.

Fernando Henrique só conversava com Bill Clinton. E está aí de novo apresentando Luciano Huck à sociedade, enquanto defende a permanência de Bolsonaro no poder.

FH está no grupo que prefere a continuação do genocídio a ter de enfrentar os problemas de um impeachment. Em nenhum momento ele questiona o que estamos vivendo por ação deliberada de Bolsonaro.

Que Bolsonaro continue matando, por mais dois anos, para que Fernando Henrique e a direita que ele acha que ainda lidera não tenham incomodações.

Para quem quiser estragar o domingo, aí está o texto publicado no Globo:

Leia na íntegra aqui.