
De volta ao Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá que enfrentar inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), investigações que caminham no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e precisará explicar à Polícia Federal (PF) o motivo de ter ficado com joias que recebeu da ditadura da Arábia Saudita.
Segundo informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo, a PF marcou para a próxima quarta-feira (5) o depoimento do ex-mandatário no inquérito que investiga o escândalo das joias. Até o momento, já foram identificados três pacotes com joias recebidos do país árabe. O valor total dos presentes chega a aproximadamente R$ 18 milhões.
Já no Supremo, o ex-chefe do Executivo é investigado em seis inquéritos diferentes. Dois deles apuram a existência de milícias digitais antidemocráticas e outro apura a disseminação de fake news durante o período de pandemia.

O ex-capitão ainda é alvo de inquérito que apura o vazamento de dados sigilosos sobre as urnas eletrônicas, assim como o que investiga suposta interferência na PF e o que tem como foco uma live em qual Bolsonaro disseminou fake news ao associar a vacinação contra a Covid-19 à infecção pelo vírus HIV.
No âmbito da Justiça Eleitoral, o ex-presidente responde a 16 ações de investigação judicial eleitoral (Aijes) propostas durante as eleições de 2022. A principal delas é conhecida como “Aije dos Embaixadores” e é a que está mais próxima de ser julgada e pode tornar Bolsonaro inelegível.
Vale destacar também que, além desses casos, em fevereiro deste ano, oito pedidos de investigação que estavam no STF foram encaminhados para a primeira instância pelos ministros Cármen Lúcia e Luiz Fux. Cinco deles após o ex-mandatário atacar o STF e os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Bolsonaro ainda é investigado por suas declarações que associavam o peso de um homem negro a arrobas. Duas notícias-crime também foram enviadas à Justiça Eleitoral. Uma delas para apurar crimes cometidos durante uma motociata nos EUA e a outra por suposto uso indevido de imagens de crianças e adolescentes em campanha política.